segunda-feira, 29 de novembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Acho que estou retornando

Hoje me deu vontade de falar comigo mesmo e resolvi vir aqui.

Na realidade a última vez que resolvi postar algo, eu era o mesmo em outro contexto, e agora sou outra pessoa e junto comigo mesmo, do mesmo que era em outrora.

Fase confusa, espero que termine, ante as adversidades da vida....

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um gosto de sol (Milton Nascimento e Ronaldo Basto



Alguém que vi de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
E esqueci sobre a mesa
Como uma pêra se esquece
Dormindo numa fruteira
Como adormece o rio
Sonhando na carne da pêra
O sol na sombra se esquece
Dormindo numa cadeira

Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
E esqueci entre os dentes
Como uma pêra se esquece
Sonhando numa fruteira

domingo, 24 de maio de 2009

Nos dias de hoje... Sempre Atual a Letra


Cartomante




Nos dias de hoje é bom que se proteja

Ofereça a face pra quem quer que seja

Nos dias de hoje esteja tranqüilo

Haja o que houver pense nos seus filhos

Não ande nos bares, esqueça os amigos

Não pare nas praças, não corra perigo

Não fale do medo que temos da vida

Não ponha o dedo na nossa ferida

Nos dias de hoje não lhes dê motivo

Porque na verdade eu te quero vivo

Tenha paciência, Deus está contigo

Deus está conosco até o pescoço

Já está escrito, já está previsto

Por todas as videntes, pelas cartomantes

Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas

No jogo dos búzios e nas profecias

Cai o rei de Espadas

Cai o rei de Ouros

Cai o rei de Paus

Cai não fica nada.

sábado, 9 de maio de 2009

Refletir Somente...

Anteriormente, já tinha tentado postar esse vídeo.

Hoje sem paciência pra postar.


Um bom final de semana a toda a humanidade.



segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Nada



Hoje fixei o olhar e os ouvidos no silêncio e resolvi tecer considerações sobre o Nada, o inexistente, o não ser, o inerte, o papel em branco.


Rapidamente me veio a idéia do ponto de partida, do numero 0 (zero), do mundo das idéias, do intangível, do branco, do à planejar, da preguiça, do pré-pensamento e da pré-construção.


Pensei em quantas vezes a palavra Nada é proferida por aqueles que querem excluir um pensamento _ Que foi João? _ Nada! (João responde). Pensei do Nada a partir de uma perspectiva de criação do ser, como se fosse um antes, um ponto de partida ou ate mesmo o existente que acaba que por não existir, Né João?


O certo é que o Nada, de certa forma, está muito mais no plano das idéias do ser humano do que no inexistir. Se assim não o fosse viriamos do Nada e,de fato, somos muito diferentes do não existir, do não viver, ou seja, se nasce da vida e não do inexistir, do nada...



GRANDE SERTÃO: VEREDAS

(João Guimarães Rosa)


Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvore, no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser se viu; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, essa figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, carão de cão: determinaram era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas... Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucaia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, então o aqui não é dito sertão? Ah, que tem maior! Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniões... O sertão está em toda a parte.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Monossílabas

Hoje acordei monossilábico.
Dia creio mais de pensamentos que necessariamente palavras.
Escutar as vezes se torna necessário quando se está disposto a compreender as coisas e, como tudo na vida deve-se conhecer o objeto antes do juízo de valor, eis que hoje sou só ouvidos... rs
Segue aqui uma composição muito reflexiva interpretadas por duas grandes gigantes, assim como uma passagem do Livro de Eclesiaste muito interessante. Um bom feriado à todos.

Eclesiastés 3

1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

3 Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

4 Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

5 Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

6 Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

7 Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;